14 de dezembro de 2012

ESCOLA ROTARY DE ITABUNA: DO VELHO LUA AO AMADO JORGE!











ESCOLA ROTARY DE ITABUNA: DO VELHO LUA AO AMADO JORGE!











PROJETO DE LINGUAGENS: DO VELHO LUA AO AMADO JORGE!


O DOMÍNIO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

No campo da educação é comum se deparar com colegas de profissão que se queixam da dificuldade que apresentam em dominar as modernas práticas pedagógicas.
Para que o profissional encontre caminhos que facilite transferir o discurso pedagógico da teoria para a prática são necessárias diversas atitudes a serem observadas, bem como inseri-las na prática educacional.
Considerando a real importância em aplicar com clareza o conhecimento que possui, bem como propiciar o sucesso profissional e o desempenho significativo dos alunos, orienta-se estar atento a determinadas questões como:
• Plano de Trabalho: Observação e compreensão

É fundamental que o professor esteja atento, conhecer bem a turma para elaborar um plano de trabalho que deve ser voltado para o que fazer e como fazer;
• Avaliação:

A avaliação é uma das principais formas de verificar o caminho que o aluno está seguindo, podendo descobrir suas reais dificuldades e necessidades, podendo interferir quando preciso e precocemente.

Contextualização:
Além de relacionar certo assunto com o cotidiano dos alunos, fazer uma relação de conceitos e conteúdos com as disciplinas.

• Interesse do aluno x Conhecimento Próprio;
Instigar o aluno a adquirir o conhecimento prévio é uma atitude que compete ao professor.

Trabalho Interdisciplinar:
A união das matérias propicia o conhecimento amplo do aluno, visto que um assunto passa a ser discutido e relacionado com diferentes disciplinas.

• Seqüência didática:
Trata-se de uma série de aulas ministradas que não apresenta um produto final obrigatório e que leva os alunos ao desafio e aprendizado.

• Temas Transversais:
Não são disciplinas, mas sim temas que são abordados constantemente nas disciplinas.

• Tempo Didático:
Deixar claro os objetivos, estabelecendo o que quer ensinar; a forma como cada aluno aprende; a maneira que irá acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos.

• Inclusão:
Preparar-se para receber o aluno com deficiência, bem como buscar os conhecimentos que esse apresenta e a possibilidade que ele tem de evoluir em relação aos demais conteúdos propostos.

Ressalta-se que o professor que realmente tem amor pela profissão e consciência do importante papel representado na sociedade, percebe a necessidade de ser capacitado e busca se aperfeiçoar com a finalidade de poder oferecer uma educação de qualidade para seus alunos.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

ESTÃO ACABANDO COM O MAGISTÉRIO

Estão acabando com o magistério

Por Aurélio Munhoz*

A mais nobre das profissões no rol das gloriosas ocupações que integram o universo da Educação está a um passo de entrar em colapso. O magistério nunca esteve tão desmotivado e nem nunca foi tão vilipendiado como tem sido na 6ª maior economia do planeta.
Não que o drama da classe seja novidade. Professor é desrespeitado desde sempre. Mas esqueçamos as barbaridades cometidas contra o magistério no passado para nos concentrar em apenas um dos problemas centrais da categoria no Brasil de hoje: os baixos salários dos professores.

Foto: Galeria de JD Hancock/Flickr
O novo piso do magistério, anunciado no mês passado pelo MEC (Ministério da Educação), recomenda aos estados e municípios pagar um salário mensal de 1.451 reais aos professores por um regime de 40 horas semanais de trabalho. Note-se que este valor é apenas uma recomendação. Não uma exigência.
Mesmo sendo baixo para uma categoria desta importância, o piso proposto é inatingível à grande maioria das 5,5 mil prefeituras brasileiras.
Levantamento divulgado em março no Paraná, estado onde o cenário de crise da Educação é menor, revelou um dado assustador: 51% dos 399 municípios do Estado já concederam reajustes salariais ao magistério em 2012.
Mesmo assim, não atingiram o valor. E o quadro deve piorar em 2013. Primeiro, devido à insuficiência das receitas das prefeituras. Depois, em função do efeito cascata que a correção do piso acarreta sobre as folhas de pagamento dos governos municipais devido à necessidade de repasse do valor aos professores aposentados e a todos os beneficiados pelos Planos de Cargos e Salários do Magistério – fato que, aliás, deve obrigá-los a superar o limite dos 52% de comprometimento de sua receita corrente líquida com pessoal, fixados pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Em estados mais pobres, o quadro é ainda pior. Seus governadores podem pedir ajuda à União para complementar os valores que as prefeituras pagam até atingir o piso. Mas apenas 1.756 municípios de nove estados do Norte e Nordeste (AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB, PE e PI) que recebem recursos do governo por meio do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério) têm este direito garantido. Os demais penam em tirar da cartola soluções financeiras mágicas para honrar as exigências previstas na Lei do Piso.
Esta é uma das razões pelas quais, como denunciam os prefeitos, um dos pilares do problema é a insuficiência dos recursos para o financiamento da Educação. De acordo com o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, de cada 1 real arrecadado em impostos pelo Brasil, 57 centavos ficam com a União e apenas 18 centavos, com os municípios.
Isto não significa que os municípios não tenham culpa pelos baixos vencimentos pagos aos professores, mas que a política salarial do magistério não pode ser tratada apenas como uma questão econômica e de responsabilidade apenas das prefeituras. Há um componente fortemente político na solução dos baixos salários dos professores, que passa por uma ampla reforma tributária – seguida de uma distribuição mais justa de receitas entre os Entes Federados – para garantir o custeio dos aumentos de vencimentos que os professores merecem.
Mas o caos do magistério é extremamente grave por outra razão – e é neste aspecto que reside o eixo deste artigo. É que a consequeência direta do descaso imposto ao magistério é o desinteresse dos jovens pela carreira e a fuga dos profissionais que já atuam na área para outras atividades, mais rentáveis e menos desgastantes.
Os dados justificam esta preocupação. Estudo encomendado pela Fundação Victor Civita à Fundação Carlos Chagas revelou que somente 2% dos estudantes do ensino médio têm como primeira opção no vestibular cursos ligados ao magistério.
E isto não é tudo.
De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), entre 2001 e 2006, o número de cursos de licenciatura cresceu 65%; o de matrículas, apenas 39%. As conseqüências do problema são palpáveis: ainda segundo o Inep, considerando-se apenas o Ensino Médio e as séries finais do Ensino Fundamental, o déficit de professores com formação adequada passa dos 710 mil no Brasil todo.
Como se percebe, a degradação das condições de vida do magistério é muito mais que a degeneração de uma categoria profissional. É sinal da grave crise enfrentada pela instituição Educação.
E não se diga que a culpa pelo problema é apenas dos governantes e legisladores que prometem – e nunca cumprem – posicionar a Educação como sua prioridade. A imprensa, o setor privado e a sociedade adotam rigorosamente a mesma atitude.
A mídia porque, ao invés de promover um debate sério e profundo sobre a Educação, prefere concentrar seu poder de fogo na divulgação sistemática da mediocridade e da cretinice, classificadas de notícias. “Notícias” que agradam ao andar de baixo mas que, acima de tudo, rendem mais reais porque possuem perfil marcado por apelo supostamente popular – futebol, sexo, escândalos, criminalidade e as costumeiras idiotices envolvendo celebridades midiáticas.
O setor privado porque, embora se defina como de vanguarda no ensino, guardadas as exceções de sempre, paga aos seus professores menos que a grande maioria dos profissionais com formação universitária e lhes oferece condições de trabalho nem sempre dignas.  Com a diferença de que, pela pressão da lógica capitalista, cobra deles muito mais resultados que no setor público.
A sociedade também é responsável pelo problema. Ao invés de enfrentar este cenário com a seriedade que o tema merece, intensificando as cobranças tanto dos agentes públicos quanto dos privados, prefere desestimular seus filhos a seguir a profissão, rendendo-se à lógica pragmática do capital. Ou apenas se omitir do processo, quando entrega às escolas o ingrato papel (que é seu) de educar os próprios filhos.
O Brasil, que sonha em ser alçado ao seleto rol dos países desenvolvidos, está acabando com a carreira do magistério. Por analogia, está comprometendo seriamente a Educação e, o que é pior, o futuro que estamos reservando aos nossos descendentes. Triste que seja assim.

*Aurélio Munhoz é jornalista, sociólogo, consultor em Comunicação e presidente da ONG Pense Bicho. Pós-graduado em Sociologia Política e em Gestão da Comunicação, foi repórter, editor e colunista na imprensa do Paraná.